22 March 2021 · Global Partnership for Zero Leprosy
A GPZL convoca Partes Envolvidas a Abordar os Desafios no Fornecimento da PQT
A Parceria Global para a Hanseníase Zero (GPZL) convocou um grupo de partes envolvidas em hanseníase para um encontro virtual em 25 de fevereiro de 2021 para discutir o fornecimento da poliquimioterapia (PQT). Os participantes da reunião buscavam um melhor entendimento das complexidades no fornecimento da PQT e discutir os desafios já enfrentados e os atuais.
A reunião dá prosseguimento ao trabalho do Comitê de Operações de Emergência de Hanseníase (LEOC, na sigla em inglês), que convocou as partes envolvidas em 2020, no início da pandemia do COVID-19, reunindo um grupo maior. A reunião fez parte de uma etapa nos esforços contínuos para resolver as questões atuais referentes à cadeia de fornecimento da PQT. Os participantes da reunião incluíram representantes do Painel de Mulheres e Homens Afetados pele Hanseníase do ILEP, a Novartis, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Comissão Técnica do ILEP, o Programa Nacional de Hanseníase de Gana, a Federação Internacional de Associações Contra a Hanseníase (ILEP), e a Fundação Sasakawa de Saúde.
Os representantes da Saúde Global Novartis e do Grupo de Operações Especiais da OMS forneceu um panorama do histórico de doações de PQT, dos processos de fornecimento, desafios operacionais, os papéis e responsabilidades dentro da cadeia de fornecimento, e o fluxo de comunicação das informações relacionadas ao fornecimento da PQT.
O Programa de Doações em prol da Hanseníase da OMS, uma parceria entre a Novartis e a OMS, fornece PQT de graça para todos os pacientes de hanseníase no mundo desde 2000. A cadeia de fornecimento é um processo longo e contínuo no que diz respeito aos fluxos de medicamento e de informação. Um país prepara dados sobre hanseníase e envia uma solicitação de fornecimento da droga à OMS. A Sandoz India, uma Companhia Novartis, fornece reposição de estoque de PQT aos Escritórios Regionais da OMS, assim como à Sede da OMS em Genebra e aos escritórios da OMS em Manila. É um processo que leva tempo, onde pedidos maiores levam entre 3 a 4 meses para serem entregues. Os processos de importação entre países também podem aumentar o tempo previsto para entrega da droga, desde o fabricante até as pessoas que precisam dela.
Desde 2019, a OMS divulgou três comunicados alertando sobre a possível falta na disponibilidade de PQT. Em dezembro de 2019, os países foram notificados sobre a falta de dapsona devido a questões de produção. Como todos os países recebem estoques suficientes para 6 a 8 meses, a OMS não recebeu relatórios informando sobre a falta dos mantimentos devido à falta de dapsona. Novas questões relacionadas à produção e envio da PQT emergiram no início de 2020 como um resultado dos “lockdowns” ocasionados pela pandemia do COVID-19. Após uma breve interrupção, toda a fabricação foi retomada. No fim de 2020, a OMS divulgou um terceiro comunicado sobre impurezas encontradas na rifampicina. O uso da PQT foi interrompido até que a OMS recebesse uma avaliação de risco da droga. Novos lotes que atendiam às Orientações do FDA – Food and Drug Administration (de 26 de agosto de 2020) foram distribuídos e a PQT distribuída anteriormente passou por avaliação de risco e determinada segura. A OMS atualmente prioriza envios de PQT a países cujos estoques estão perto de terminar.
Ainda assim, pacientes em alguns países relatam não terem acesso à PQT. Os participantes da reunião identificaram uma necessidade na melhora da comunicação no nível local, de escritórios nacionais para centros de saúde locais, para pacientes. A GPZL está trabalhando com parceiros para identificar caminhos possíveis para garantir que as pessoas afetadas pela hanseníase tenham um acesso melhor à informações sobre medicamentos para a hanseníase, além da PQT, e também para tratamentos de reações da hanseníase e quimioterapia preventiva. Após essa reunião, a GPZL irá continuar a convocar parceiros para apoiar a comunidade de hanseníase e garantir que os medicamentos para a hanseníase e as informações relevantes cheguem a todos os pacientes.